A primeira estrofe que segue o refrão possui rima interpolada, enquanto a segunda estrofe após o refrão possui rima alternada. Daí em diante, as rimas alternadas irão monopolizar a canção, tornando-se uma constante até o final da mesma. É importante frisar também a associação entre os aspectos tônico e rímico nessa canção, uma vez que, à exceção do refrão, dentre as rimas ao final dos versos não figurará qualquer palavra oxítona ou proparoxítona (o encontro vocálico io presente nas palavras rio e frio presentes na décima estrofe pode ser pronunciado tanto como ditongo ou como hiato, o que daria a essas palavras o status tanto de oxítonas como paroxítonas). Com o uso de paroxítonas ao final dos versos, o Gil aproveita essa curva ascendente em termos de volume para terminar o verso de uma maneira mais "arrastada", alongando um pouco a última sílaba em cada um dos versos.
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
Aqui, onde indefinido
Agora, que é quase quando
Quando ser leve ou pesado
Deixa de fazer sentido
Aqui, de onde o olho mira
Agora, que o ouvido escuta
O tempo que a voz não fala
Mas que o coração tributa
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
Aqui, onde a cor é clara
Agora, que é tudo escuro
Viver em Guadalajara
Dentro de um figo maduro
Aqui, longe, em Nova Deli
Agora, sete, oito ou nove
Sentir é questão de pele
Amor é tudo que move
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
Aqui perto passa um rio
Agora eu vi um lagarto
Morrer deve ser tão frio
Quanto na hora do parto
Aqui, fora de perigo
Agora, dentro de instantes
Depois de tudo que eu digo
Muito embora muito antes
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
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